A segunda opção que se abria diante de si era politicamente mais questionável, entretanto também teria sido factível: aglutinar em torno de si mesma maioria que conseguiu para avançar com a moção de censura contra Mariano Rajoy. Isso teria implicado todavia negociar -e, deste modo, fazer concessões – com DRC e JxCat, as forças independentistas, uma linha vermelha complicada de atravessar pra uma divisão de seu jogo.
O candidato do PP, conseguiu inserir o suporte de Cidadãos, Coligação Canária, Fórum Astúrias e a União do Povo Navarro. O resto de forças estavam totalmente vetadas: Podemos, ERC, PdeCat e Bildu. Só restava a rodovia da abstenção do PSOE, uma coisa que Sanchez se opôs a expor uma defesa com o imediatamente famoso “não é não”. O candidato do PP, submeteu-se ao debate de investidura em vinte e nove de outubro de 2016. Saiu tarde, em segunda votação.
Haviam passado quatro meses desde a data das eleições e 3 desde que obteve, no dia vinte e oito de julho, a encomenda do Rei de tentar formar um Governo. Agora, contudo, Pedro Sánchez terá deixado passar 3 meses entre a sua vitória nas urnas e a tua comparência diante a Câmara e um mês e meio desde que Filipe VI lhe sugerir como candidato. Uma das razões que tem marcado este atraso há que procurá-la, sem sombra de dúvida, a celebração de um mês após as gerais, as eleições municipais, regionais e europeias.
A sobreposição de resultados e negociações para a constituição de autarquias e governos regionais contribuíram pra lentidão, contudo bem como a impiedade negociadora do próprio candidato à Presidência. Pedro Sánchez teve uma primeira tomada de contacto com os líderes das principais forças políticas -PP, Unidas Podemos e Cidadãos – após as eleições do dia 28-A e outra depois de receber a encomenda do Rei.
- Sep.2010 | 16:44
- um Contrato por tempo indeterminado de suporte aos empreendedores
- Cobertura insuficiente nas zonas rurais mais pobres
- um Antiga Grécia
Em nenhuma das duas rodadas conseguiu somar apoios. Em paralelo, o secretário de Organização e a vice-secretária geral do PSOE, José Luis Ábalos e Adriana Lastra, se encarregaram de os encontros com os representantes do resto de forças parlamentares, todos, à exceção de Vox e Bildu.
esses últimos contatos chegou a surgir a possível abstenção de forças independentistas, uma opção que, todavia, não chegou ainda a ser confirmado definitivamente. O candidato nem conseguimos ainda fechar um acordo com o seu principal aliado, Pablo Iglesias. Difusas ofertas de Governo de cooperação e acordos programáticos lhes distanciam. Fechar a rachadura é o que Sanchez espera começar em 3 semanas que ainda restam até o dia 23 de julho, data da primeira votação no Congresso.
Este modo, juntamente com o de Rajoy em 2016 foram os mais longos da história democrática portuguesa. Nas eleições de um de março de 1979, as primeiras depois da aprovação da Constituição, o vencedor, Adolfo Suárez, demorou um mês honesto em submeter-se à investidura. Em 1982, Felipe González, com uma ampla maioria absoluta, deixou ir um mês e 4 dias antes de deslocar-se ao Congresso. Em 1986, de novo González solicitou a segurança da Câmara, um mês e dois dias depois da promoção das eleições.
Em 1989, o candidato socialista, com 175 lugares obtidos nas eleições de outubro, puxou para a frente da investidura, um mês e seis dias depois. 1993 foi a última ocasião em que o PSOE de Felipe González à frente o sucesso eleitoral, todavia muito escasso.